segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Matrix e o mito da Caverna De Platão


   Revendo The Matrix no fim de semana, tive umas ideias malucas...



    O que é real? Essa é a pergunta levantada por Platão no seu Mito Da Caverna (Ou Alegoria da Caverna). Homens são acorrentados numa caverna de modo a verem apenas uma parede iluminada por uma fogueira. A fogueira ilumina estátuas e suas sombras são refletidas na parede, ficando a vista dos prisioneiros. Com o tempo os prisioneiros passam a dar nomes às sombras e passam a encará-las como seres reais, fazendo até mesmo brincadeiras com as mesmas.


    Esta alegoria foi bem retratada no filme The Matrix, onde Thomas Anderson (ou Neo), interpretado por Keanu Reeves, vive numa realidade criada por um programa de computador. O mundo “real” nem sequer existe do modo que o conhecemos e os humanos são colocados desde a infância numa simulação de um momento histórico anterior à ascensão das máquinas, as responsáveis pela "escravização" da humanidade.


     Neo é como um prisioneiro no Mito Da Caverna, preso a um mundo artificial e acreditando que ele é real. Todos na Matrix veem apenas sombras. Quando o protagonista encontra Morpheu e descobre que aquele mundo é falho, percebe que pode vislumbrar os objetos de fato, além das "sombras" ou representações.

    
    Neo vivia uma realidade errônea e inexistente. Nós também estamos em situação semelhante? Claro que não estamos numa Matrix (pelo menos acredito que não), mas vivemos em diferentes culturas, cultivamos opiniões muitas vezes errôneas e cada um de nós possui uma percepção particular da realidade. As sombras poderiam ser nossos preconceitos, quando descobrimos a realidade temos dificuldade em percebê-la de inicio, assim como Neo ao ser libertado da Matrix.


   Nós, assim como Neo, muitas vezes precisamos enfrentar a realidade, fugindo do mundo "seguro" em que acreditávamos viver. Ela pode ser estranha para nós de inicio, mas aos poucos iremos nos adaptar. Platão foi feliz ao fazer essa metáfora em seus dias, para que seu público pudesse entender, e os Irmãos Waschoski fizeram uma bela analogia a brilhante teoria do mais famoso discípulo de Sócrates.

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