quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O Monstro Do Amário; paródia do cinema Oitentista


  Um clássico da Troma...



    A Troma é uma produtora de clássicos Trash de comédia ácida e bizarra, que dão destaque ao Gore. O cômico dos filmes da Troma é que eles não se levam a sério, isso é explicito em O Monstro Do Armário, onde os malucos da Troma não se levam a sério tentando fazer parecer o contrário.


   O filme nos apresenta um mundo aterrorizado por um monstro que se esconde em armários. O aspirante a jornalista Clark se une a uma professora, um cientista maluco, um padre e um garoto para descobrir como derrotar o monstro que espantou até o exército Americano.
Cara de retardada feita pela professora
ao se apaixonar por Clark.
    O filme tem diversos clichês e coisas absurdas, a começar pelo próprio título. O protagonista tenta parecer Christopher Reeves em aparência e interpretação e o nome de seu personagem é Clark, é visível a tentativa de transformar o jornalista numa especie de Clark Kent sem alter ego. A constante briga entre ciência e religião no filme se torna um item cômico do roteiro, ao padre dizer que não se pode matar uma barata pelo fato de serem criaturas de Deus.
     Furos grotescos no roteiro contribuem para que o filme se torne engraçado, a professora do nada tira a ideia de que se pode matar o monstro com eletricidade, o exército visivelmente não acerta um tiro sequer no monstro e decide desistir, o monstro pega um elevador em determinada cena e o protagonista, aos e tornar refém do monstro, passa vários dias sem comer, beber água ou fazer suas necessidades e não parece sentir os efeitos disso.
     O próprio tema do filme, um monstro que tira seu poder dos armários é um furo em si. Outro recurso cômico usado é que quando o monstro carrega alguém para dentro do armário às roupas voam de forma aleatória, tornando as cenas de terror numa comédia.

O protagonista faz escrachadamente uma imitação
de Christopher Reeves.
   Mas de fato, O Monstro Do Armário não é um filme de Terror, é uma comédia. O interessante é que o filme se torna uma comédia por passar a impressão de se levar a sério e ao mesmo tempo parecer uma paródia dos filmes de terror dos anos 80, que foram péssimos para o cinema de horror (Mas ótimos para a comédia involuntária). O Monstro do armário simplesmente não se levou a sério, diferente de toscos filmes de terror produzidos na época. O filme chutou o pau da barraca, por assim dizer.
   As interpretações clichês contribuem para a impressão de parodia passada pelo filme, por incrível que pareça às atuações são razoáveis, contribuindo para toda a naturalização do satirismo na "obra". Os efeitos especiais são podres, como é de se esperar de um filme da Troma. Tão irrealísticos que podem fazer uma criança gargalhar.


   Resumindo, é legal ver O Monstro do Armário quando você tem noção de que ele não é um terror e que a comédia do filme está em fingir levar a sério. O filme é uma sátira e foi feliz nisso em minha opinião, o que torna complicado dar nota a ele, visto que ele é ruim propositalmente.

Nota-6


Gênero: Terror
Direção: Bob Dahlin
Roteiro: Bob Dahlin
Elenco: Claude Akins, Denise Dubarry, Donald Grant, Henry Gibson, John Carradine, Paul Walker, Stella Stevens
Produção: Michel Billot, Peter L. Bergquist, Robert Rock, Terrence Corey
Fotografia: Ronald W. McLeish
Trilha Sonora: Barrie Guard
Duração: 90 min.



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