El CHARRO é um justiceiro mascarado que decide lutar pelos inocentes
após vingar a morte de seus pais (Isso não é mostrado na película) E assim
segue uma vida de andarilho. O nosso herói enfrenta um Lobisomem, um vampiro à
la Nosferatu e um Cavaleiro Sem Cabeça. Tudo isso feito com um orçamento
bastante reduzido, apesar do indiscutível fator Trash, acho El Charro De Las
Calaveras um filme divertido e despretensioso.
O filme é, na verdade, uma junção de três sketches, na primeira delas EL
CHARRO conhece seus parceiros e sua história é contada de forma breve, pois o
filme (ou sketches) focam na luta do herói contra as forças sobrenaturais, sem
muita frescura, em aventuras bem rasteiras e direto ao ponto.
Enfim, vamos ao que interessa...
Na primeira aventura EL CHARRO enfrenta o Lobisomem (ou EL LOBO HUMANO),
que aterroriza um pequeno povoado do interior do México (Leia pequena família
no interior do México). O herói banca o Chapolin Colorado e falha em boa parte
de suas tentativas heroicas nesta primeira parte, leva uma surra do vilão, não
salva a mocinha que é brutalmente assassinada pelo “EL LOBO HUMANO” e no fim
não acaba com o monstro, que morre caindo de um precipício. Este é o inicio nada
promissor da carreira heroica de El Charro.
Destaque também para a transformação do Lobisomem. Vejam vocês mesmos:
Já na segunda parte, nosso Herói
já tem dois parceiros, um juvenil chamado Juanito e um velho cagão chamado
Cleofas. O vilão dessa vez é um vampiro que sente tesão por uma cocota
cucaracha. Como o chupador (ui) de sangue não dava uma tapa na rachada há um
bom tempo, decide sequestrar a moça, que fica sob seu controle
telepático (se os safadinhos pensam que tem peitinho em EL CHARRO, podem tirar
o creme do pau e enxugar as mãos). Nosso herói deve então enfrentar o vampiro
num cemitério abandonado para libertar a mocinha do controle do Nosferatu
mexicano, mas o nosso intrépido bem feitor não faz porra nenhuma e é salvo na
última hora por Cleofas.
No fim o cinto de utilidades à la Batman que o vampiro ostenta não o
ajudou e o nosso herói só se estrepou de novo.
A terceira parte nos mostra um cavaleiro que deseja recuperar sua
cabeça, que se encontra dentro de uma caixa. Uma moça passa a ser atormentada
pela cabeça, que deseja voltar para o seu corpo (Nada estranho, eu também
desejaria ter meu corpo de volta se eu fosse uma cabeça presa numa caixa). El
Charro então surge para deter o cavaleiro sem cabeça e salvar a bela mocinha.
Nessa parte o nosso herói se esforça para mostrar serviço e enfrenta o
Cavaleiro em mais de uma ocasião e finalmente o derrota num épico confronto de
facões (Por que nosso herói é cabra macho e cabra macho mata usando facão).
Aparentemente El Charro deu uns pegas na cocota no fim, mas convenhamos que ele
mereceu depois de tanto se ferrar nas três partes.
Obs- Quando o cavaleiro recupera a cabeça, fica a cara do Michael
Jackson.
No fim, El Charro é um lance divertido pra
caramba, trash até não dar mais e certamente garantirá bons momentos para os
apreciadores dessas obras obscuras redescobertas pela internet.
Descompromissado, simpático e direto ao ponto, El Charro De Las Calaveras é uma
pérola imperdível e está completo no youtube para quem quiser ver.
Claro que do ponto de vista técnico o filme não é lá essas coisas e o
roteiro tem algumas soluções rápidas e situações dispensáveis, como quando a
bruxa da primeira parte traz de volta a vida um defunto apenas para o mesmo
revelar a identidade do Lobisomem, quando ela podia muito bem ter dito.
Mas, como eu disse antes, o filme tem seu encanto e é divertido
exatamente por ser descompromissada, uma dessas obras que não tem mais lugar no
cinema da atualidade e nos remetem a uma época onde a imaginação superava os
efeitos especiais. E eu garanto que El Charro De Las Calaveras é bem mais
divertido do que qualquer bomba do Michael Bay.
Nota-5.5
Obs- Como devo levar em conta o ponto de vista
técnico o filme levou essa nota, mas recomendo aos cinéfilos mais curiosos que
não deixem essa pérola passar batida.
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